Alessandra Horto
O Dia - 19/01/2016
Representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos
Servidores Públicos Federais (Fonasef) participaram no último fim de semana da
primeira reunião de 2016, em Brasília. O grupo estabeleceu quais são os temas
que deverão compor a campanha salarial deste ano, assim como os assuntos que
vão integrar as mesas de negociação com o governo. Os principais destaques
serão o direito de greve do servidor público, negociação coletiva, paridade
entre ativos e inativos, plano de carreira e anulação da reforma da
previdência.
Além da Condsef, participaram da reunião representantes do
Andes-SN, Asfoc-SN, Assibge-SN, Fasubra, Fenajufe, Fenasps, Sinait, Sinal,
Sinasefe, Sindireceita, Sintbacen, entre outras classes sindicais. Durante o
encontro, Saulo Arcangeli, da coordenação da CSP-Conlutas, lembrou que o ano
passado foi marcado por grandes lutas decorrentes dos “ataques ao serviço
público e aos trabalhadores”. “O governo, diante da crise, optou por defender o
agronegócio e a burguesia. Para este ano, devido aos cortes no Orçamento, os
ataques serão maiores, com as reformas da Previdência e Trabalhista”, disse .
Nos dias 27 e 28 de fevereiro serão definidas as pautas que vão compor em
definitivo a campanha deste ano.
PENDÊNCIAS MANTIDAS
Francisco Jacob Paiva da Silva, um dos coordenadores do
Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN, destacou
também que os servidores vão manter os eixos da campanha de 2015 que não foram
atendidos: “E o que foi dissenso entre as entidades na reunião será discutido
nas bases e definido na próxima reunião”.
CONTRA PROJETOS
As lideranças também discutiram sobre os projetos de lei que
estão na pauta deste ano do Congresso e que poderão afetar a vida do
funcionalismo público. Os dirigentes são contra a votação do PL 2.723/15, que
autoriza o “home office” no serviço público. Também rejeitam as propostas que
abrem brecha para a terceirização nos setores públicos.