Jornal do Commercio
- 19/01/2016
Brasília - Os médicos peritos do Instituto Nacional do
Seguro Social(INSS) decidiram, em assembleia no domingo (17) retornar ao
trabalho no dia 25, após quase 140 dias de paralisação.
Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da
Previdência Social (ANMP), os peritos vão priorizar o chamado atendimento
essencial, ou seja, aquelas pessoas que nunca passaram por perícia para ter
direito a um dos benefícios (auxílio-doença ou aposentadoria especial por
invalidez). Também é preciso de perícia para voltar ao trabalho depois da
licença.
No estado de greve, os profissionais voltam ao trabalho, mas
continuam negociando com o governo. "Novas paralisações no futuro não
estão descartadas", diz Luiz Argôlo, diretor da ANMP.
Até a próxima segunda, apenas 30% dos médicos continuarão
trabalhando. Na próxima segunda, todos voltarão a bater ponto, mas em
"estado de greve".
"Esperamos que com esse distensionamento o governo
volte a dialogar com a categoria", afirma Argolo.
A entidade calcula que, no período da greve, 2,1 milhões de
perícias deixaram de ser feitas.
O tempo médio de espera para o agendamento saltou de 20 dias
para 80 dias.
Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5% em, no
máximo, duas parcelas anuais, redução da carga horá- ria de 40 horas para 30
horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização
da perícia mé- dica.
Na semana passada, o governo informou, por meio de nota, que
apresentou, em ofício enviado à ANMP no dia 8 de dezembro, proposta que
contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação.