Vera Batista
Correio Braziliense
- 17/02/2016
Depois de quatro meses de greve e de operação padrão, que
limita os atendimentos a consulta para primeiro benefício e volta ao trabalho,
os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fecharam
acordo de reajuste salarial com o Ministério do Planejamento, ontem. A
negociação prevê, além de percentuais, que os profissionais não terão os dias
parados descontados do salário.
A categoria aceitou o mesmo percentual, condições de
pagamento das carreiras típicas de Estado e terá aumento de 27,9% em dividido
em quatro anos, sendo a primeira parcela, de 5,5%, paga em agosto de 2016. Em
2017, 2018 e 2019 terão reajustes de 6,99%, 6,65% e 6,31%, respectivamente.
Quando a última parcela do reajuste for quitada, o salário
inicial de um perito do INSS passará dos atuais R$ 11 mil para R$ 14,8 mil, e a
remuneração no fim de carreira, de R$ 16 mil para R$ 20,8 mil.
A maior vitória da categoria, no entanto, diz respeito à
mudança na composição salarial. A parte variável da remuneração, que atualmente
é de 70%, passa a ser de 30%. Ou seja, ao se aposentar, os servidores saem com
um salário mais próximo ao da ativa.