BSPF - 04/04/2016
A Condsef participou nesta segunda-feira de reunião na
Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília, com participação de outras
entidades representativas dos servidores públicos. O objetivo do encontro foi
definir uma linha de ação contra o PLP 257/2016 que prevê alongamento das
dívidas públicas dos estados a partir de contrapartidas que promovem a quebra
de direitos a partir de reformas fiscais e administrativas. A proposta está
sendo chamada de pacote anti-serviço público. A intenção é garantir um debate
profundo sobre o projeto e defender a derrubada desse PLP. As entidades
destacam preocupação com o fato da proposta também colocar em risco a política
de valorização do salário mínimo, atingindo assim milhões de trabalhadores dos
setores público e privado. Essa semana o objetivo é garantir a retirada do
regime de urgência constitucional atribuído ao PLP.
Em seguida, a luta é para que um debate amplo seja aberto
com a sociedade para garantir a negociação da dívida dos estados com a União
sem que sejam impostos condicionantes que retiram direitos da classe
trabalhadora e enfraquecem o setor público. Uma das propostas é organizar um
debate no Congresso no dia 14 de abril com participação de parlamentares,
lideranças sindicais e da sociedade civil organizada para discutir linhas
alternativas buscando uma solução duradoura para a dívida dos estados. Também
no dia 14 a intenção é promover um grande dia nacional e luta contra esse
pacote que ataca direitos dos trabalhadores com manifestações em todas as
capitais do país. Outra frente de ação é criar um grupo de trabalho com
dirigentes sindicais, parlamentares e técnicos com objetivo de discutir e elaborar
propostas alternativas ao PLP 257/2016.
Este é um momento que exige extrema unidade da classe
trabalhadora. Muitos são os obstáculos que pretendem interferir nos pequenos
avanços já experimentados e ainda há muito que avançar. A classe trabalhadora
não aceita ser sacrificada para que a crise instalada no Brasil seja
solucionada. Há centenas de outras políticas que podem ser aplicadas com
resultado muito mais eficaz para o crescimento e desenvolvimento econômico do
Brasil com justiça social e sem abrir mão dos poucos avanços já alcançados. Não
é rifando a classe trabalhadora que será possível fugir desse abismo. Nas ruas
estaremos defendendo as garantias de protestar livremente e reagindo aos
ataques a nossos direitos.
Com informações da Condsef