UOL Notícias
- 15/05/2016
Servidores da recém-extinta Controladoria-Geral da União
(CGU) marcaram para segunda-feira (16) uma assembleia para discutir uma
paralisação contra as mudanças promovidas pelo governo interino de Michel
Temer.
O órgão foi retirado da estrutura da Presidência da
República e agora passará a se chamar Ministério da Transparência, da
Fiscalização e do Controle.
Nesta sexta-feira (13), os funcionários em alguns Estados,
como Piauí, Maranhão e Paraná, já cruzavam os braços. Na segunda, a categoria
decide sobre um movimento nacional para indicar a "insatisfação" com
as alterações, consideradas enfraquecimento do órgão.
No governo Dilma, a CGU já tinha status de ministério. Para
os servidores, como a Presidência da República tem ascendência sobre os demais
órgãos federais, a vinculação facilitava as fiscalizações.
"Tínhamos mais condições de cobrar providências dos demais
ministros quando detectávamos irregularidades. Eles agora estão no mesmo
patamar hierárquico. O temor é que isso seja o primeiro passo para a futura
fusão com algum órgão", justifica o presidente do Sindicato Nacional dos
Analistas e Técnicos de Finanças de Controle (Unacon Sindical), Rudinei
Marques.
A CGU era uma espécie de "xerife" do governo.
Cabia a ela fazer auditoria nos demais órgãos da administração federal,
fiscalizar o uso de verbas repassadas a empresas e outros entes federativos. As
informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".