BSPF - 30/07/2016
Está cada vez maior o descontentamento no Supremo Tribunal
Federal (STF) com as barreiras impostas pelo governo para travar o reajuste de
salário aos ministros. O projeto, que depende do aval do Congresso, está parado
a pedido do Planalto, que teme um efeito cascata.
O aumento aos ministros implica elevação do teto do
funcionalismo, que se espalha por estados e municípios. Um baque para as
finanças das três esferas de governo.
Pelo projeto que está no Congresso, se aprovada a correção
de 16,38%, os salários do ministros do STF vão pular de R$ 33,7 mil para R$
39,3 mil, com impacto anual para os cofres públicos de R$ 710 milhões.
No que depender do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
o reajuste para os ministros não sairá neste ano. Mas a pressão vai aumentar
logo depois da votação do impeachment definitivo de Dilma Rousseff pelo Senado.
O processo, por sinal, será comandado pelo presidente do Supremo, Ricardo
Lewandowski.
No STF, pegou muito mal a onda de aumentos que o governo deu
nos últimos dias, sobretudo os 37% concedidos a delegados da Polícia Federal,
que vinham chantageando o presidente interino, Michel Temer, com uma possível
greve durante as Olimpíadas do Rio, que começam na semana que vem.
Fonte: Blog do Vicente