Blog do Vicente
- 04/07/2016
Seguindo a política de dar desculpas esfarrapadas para
justificar a gastança do governo, o presidente interino, Michel Temer, diz que
o reajuste a servidores, que custará quase R$ 100 bilhões até 2019, teve como
objetivo evitar greves no setor público. O Palácio do Planalto vê o
funcionalismo muito identificado como o PT, partido da presidente afastada,
Dilma Rousseff.
Temer ressalta que o aumento dos servidores, visto por
analistas como contradição de um governo que prega um ajuste fiscal
consistente, já estava previsto quando ele chegou ao Planalto e foi menor do
que a inflação passada. Ele, inclusive, não sabe ao certo quando custará o
reajuste. Diz que serão R$ 58 bilhões em quatro anos, mas, pelas contas do
Ministério do Planejamento, passará de R$ 67 bilhões até 2018, saltando para
quase R$ 100 bilhões até 2019. “Falam como se o aumento fosse de R$ 58 bilhões
só neste ano, mas serão R$ 58 bilhões em quatro anos”, afirma.
Segundo Temer, se não fosse dado o aumento ao funcionalismo,
haveria risco de greves no setor público, sobretudo em áreas essenciais, como
saúde e educação. “Seria uma coisa muito desastrosa para o governo e para o
país (não fazer o acordo)”, frisa. O presidente interino assegura que essa
despesa já está prevista no rombo de R$ 170,5 bilhões calculado pelo Ministério
da Fazenda.