Jornal Extra
- 23/10/2016
Depois do período de bonança, com investimentos em
maquinário e pessoal, entre 2008 a 2013, a Casa da Moeda do Brasil convive,
desde então, com o orçamento enxuto, a queda na demanda por serviços e, para
piorar, a sinalização do governo federal de enfraquecimento da empresa, com
medidas que prejudicam qualquer perspectiva de aumento das receitas.
Nos últimos meses, duas decisões do presidente Michel Temer
deixaram os trabalhadores — todos celetistas (regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho) — em estado de alerta. A primeira tirou a exclusividade da
empresa sobre a produção de papel-moeda (veja as medidas abaixo). A segunda
reviu a exigência do selo de inspeção para bebidas alcoólicas fabricado ali.
— É um momento de transição. Nós prestamos serviços ao Banco
Central, e o orçamento deste foi reduzido. Eu tenho o mesmo custo de anos
atrás, com receita inferior. Precisamos de tempo para nos adaptar — disse
Alexandre Cabral, presidente da Casa da Moeda há três meses.
Para quem depende de uma situação equilibrada da empresa, o
cenário para os próximos anos não é muito animador. Segundo o Sindicato Nacional
dos Moedeiros, as decisões do governo federal apontam para a desmobilização do
projeto de ter uma Casa da Moeda forte.
— Temos todas as condições de entregar qualquer pedido ao
governo. Esse precedente (de procurar empresas no exterior para produzir o que
poderia ser feito aqui) é perigoso. Abre um caminho para a privatização — disse
Aluizio Junior, presidente do Sindicato dos Moedeiros.
Plano de demissão voluntária nos planos
Uma das alternativas da Casa da Moeda para cortar custos,
nos próximos meses, pode ser a implementação de um Plano de Demissão Voluntária
(PDV) para os...
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