Istoé - 31/12/2017
No período em que a Polícia Federal prendeu 783 funcionários
públicos federais, estaduais e municipais, de 2013 a maio de 2017, foram
expulsos do governo federal 2.154 servidores, com base em 66 diferentes
fundamentos legais.
A justificativa mais comum para as expulsões foi a de que o
funcionário valeu-se do cargo “para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública”. Esse fundamento legal embasou quase
metade dos processos.
A seguir, aparecem no ranking os itens “abandono de cargo”
(11%), “falta de zelo e dedicação” (10%) e “improbidade administrativa” (8%).
Apenas oito servidores foram expulsos por “corrupção” (0,2%).
Metade das expulsões foram feitas em apenas cinco órgãos. No
primeiro lugar, disparado, aparece o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), com um quarto dos casos. A seguir estão a Polícia Rodoviária Federal
(8%), a Secretaria da Receita Federal (7%), o Ministério da Fazenda (6%) e a
Polícia Federal (5%).
A lista de expulsões contém 203 órgãos, entre ministérios,
autarquias, universidades e agências reguladoras. A identidade dos servidores
expulsos começou a ser publicada em 2003. Desde então, 4.687 nomes foram
colocados na lista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.