BSPF - 23/01/2018
Operadora apresentou cálculos que levaram a proposta.
Percentual é questionado pela entidade
O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da
Silva, participou na última quinta-feira, 18, de reunião com representantes da
Geap Saúde, operadora que atende a maioria dos servidores do Executivo e seus
dependentes. Enquanto representante de cerca de 80% da categoria, a
Condsef/Fenadsef foi ao encontro ouvir a direção que pretende implantar um
reajuste de 19,94% nos planos da Geap em 2018. Cabe esclarecer que a
participação na reunião não implica na aceitação da entidade aos valores e
dados apresentados. Considerando percentual elevado, a Condsef/Fenadsef vai
acionar a Justiça contra o reajuste que pretende ser aplicado. Vale lembrar que
com a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que prevê congelamento de investimentos
públicos por 20 anos, a renda dos servidores federais será diretamente afetada
e arcar com percentual bem acima da inflação não será viável.
Cerca de 600 mil vidas são atendidas pelo plano de
autogestão. No ano passado foi travada outra luta judicial para que um reajuste
de mais de 37% não fosse aplicado. A Condsef/Fenadsef espera que seja aberto um
debate envolvendo os representantes da Geap e dos servidores atendidos pelo
plano para garantir que um consenso possa ser encontrado. De todo modo, a
assessoria jurídica da entidade foi acionada para buscar que esse reajuste não
chegue até os associados. Desde sempre, a Condsef/Fenadsef defende a
sustentação e o fortalecimento desse modelo de autogestão que historicamente
atende servidores e seus dependentes com os preços mais competitivos do mercado
de planos de saúde.
Faz-se urgente continuar discutindo a situação dos planos de
autogestão e buscar soluções definitivas para melhorá-los. É importante
assegurar o pagamento de valores justos e a segurança de assistência médica aos
servidores e seus dependentes naturais; isso até que o SUS (Sistema Único de
Saúde) possa assumir integralmente sua missão de suprir a demanda por saúde da
população brasileira. A Condsef defende o diálogo com o objetivo de debater
estratégias e soluções para que o plano continue prestando serviços levando em
conta a realidade financeira de seus principais assistidos. Garantir o debate
para ampliar a representatividade dos trabalhadores nas decisões centrais de
gestão desses planos também se faz urgente.
Fonte: Condsef/Fenadsef