BSPF - 13/03/2018
Paralela à campanha do voto consciente segue a campanha
salarial para 2019. Entre as principais pautas estão reajuste salarial de
25,63% para as carreiras que fecharam acordo de dois anos, cumprimento dos
acordos assinados em 2015 e aumento de, no mínimo, 50% do custeio da União ao
plano de saúde suplementar de ativos, aposentados e dependentes
Depois da surpresa com o projeto de reforma da Previdência
(PEC 287/16) e do pacote restritivo do governo (MP 805/2017), os servidores
públicos (federais, estaduais e municipais) se preparam para evitar novo susto.
Para forçar os Três Poderes a ouvi-los, planejam participar ativamente do
pleito de 2018 como candidatos ou na qualidade de suporte técnico de quadros
tradicionais. Eles se organizam em todo o país para formar uma bancada do
funcionalismo em câmaras municipais, assembleias estaduais e no Congresso
Nacional. Certos de que são um nicho que político algum desprezará nesse
momento de escassos recursos do fundo partidário, pois são cerca de 40 milhões
de votos (16 milhões de servidores e familiares).
A Pública Central do Servidor, com entidades parceiras e
filiadas, está à frente da campanha do voto consciente do servidor, para
desvendar assuntos que não têm repercussão, tais como a estratégia oficial de
depositar a culpa pela crise nas costas do servidor, para justificar reajustes
salariais abaixo da inflação ou condenar ganhos reais, mas quando o país dá
sinais de recuperação, não lhes oferece contrapartida à altura. De acordo com
Nilton Paixão, presidente da Pública, as eleições 2018 devem espelhar a
transição entre a velha política e os costumes que estão sendo mudados pelos
novos tempos de transparência.
“É uma obrigação das carreiras públicas, com a sociedade, a
formação de uma bancada multipartidária capaz de ter voz e interferir, dentro
das expectativas de cada cidadão. No passado os servidores eram referência de
informação e orientação e desejamos que resgatem isso com participação política”,
destacou. Para Wanderci Polaquini, presidente do Sindicato dos Auditores
Fiscais da Receita do Paraná (Sindafep), o momento é de união. “De superar
dificuldades para formar bancadas efetivas nos estados, municípios e no
Congresso nacional. Só temos iniciativas isoladas. Precisamos convergi-las”,
destacou.
Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras
de Estado (Fonacate), assinalou que a reforma da Previdência foi um sinal de
alerta. “Não queremos mais surpresa. Estamos elaborando uma carta de
princípios. Vamos apoiar candidatos que tenham compromisso com as causas dos
servidores”, afirmou. Desde o início do ano, o Fonacate e o Fórum das Entidades
Nacionais dos Servidores Federais (Fonasefe) protocolaram no Ministério do
Planejamento a campanha salarial de 2018. Entre as principais pautas estão
reajuste salarial de 25,63% para as carreiras que fecharam acordo de dois anos,
cumprimento dos acordos assinados em 2015 e aumento de, no mínimo, 50% do
custeio da União ao plano de saúde suplementar de ativos, aposentados e
dependentes.
Fonte: Blog do Servidor