BSPF - 25/04/2018
Segundo Esteves Colnago, medida traria economia de R$ 5 bilhões
aos cofres públicos; plano B está sendo estudado, disse ele
O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, defendeu nesta
terça-feira (24) o adiamento do reajuste salarial dos servidores públicos de
2019 para 2020. Segundo ele, essa medida possibilitaria uma economia de R$ 5
bilhões, de forma a dar ao próximo governo margem maior para o controle dos
gastos.
"Está sendo um desafio para o governo. Entre as cartas
que podem ser adotadas (para amenizar esses gastos com custeio) está a
postergação do aumento dos servidores, o que poderia gerar uma economia de R$ 5
bilhões para o próximo (governo)", disse ele.
O ministro argumentou que o gasto com servidores contribui
para o montante de cerca de R$ 128 bilhões de custeio do governo.
"É preciso que o próximo presidente tenha condições de
navegar em 2019, até porque ele vai precisar adotar suas medidas
estruturais", disse o ministro.
Plano B
Caso não tenha sucesso nessa empreitada, o governo trabalha
com um plano B para economizar e se manter dentro do teto de gastos. "Além
disso tem a (possibilidade de) da reoneração da folha e a de, tendo a eleição
definida e com um presidente já eleito, voltarmos a discutir reforma da
Previdência", acrescentou Colnago.
"Temos algumas cartas na mesa, que podem abrir espaço
para comportar um pouco mais as despesas de custeio no próximo ano, que estão
perto de R$ 100 bilhões", completou.
A proposta de adiamento do reajuste dos servidores públicos
tinha sido apresentada pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, no último
sábado (21), em Washington (EUA).
Guardia ressalvou que a decisão deve ficar para o momento em
que o governo enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA), em agosto.
Fonte: Destak