BSPF - 21/07/2018
Correção salarial para categorias do Executivo estava prevista
para 2019, mas governo vai propor aplicação do acréscimo só em 2020
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito
Federal (Sindsep-DF) classificou a declaração feita pelo ministro do
Planejamento, Esteves Colnago, nesta sexta-feira (20/7), sobre adiamento do
reajuste a servidores públicos para 2020 como “mais um erro do governo”.
“Entendemos que este é mais um erro do governo. O atual
governo pode estar criando um embróglio político e até jurídico não só para o
atual, mas também para a próxima gestão. Seja ela qual for”, destacou, em nota,
o diretor do Sindsep-DF, Carlos Henrique Bessa Ferreira. “
O aumento no salário para diferentes categorias do Executivo
estava previsto para 2019. O acordo foi feito na época do governo de Dilma
Rousseff (PT) e seria liberado de forma gradativa ao longo de quatro anos.
De acordo com Colgano, o intuito da iniciativa é enviar
medida provisória ou projeto de lei ao Congresso Nacional para transferir a
última parcela da correção salarial para 2020. Segundo o ministro, se todos os
servidores (civis e militares) tiverem o reajuste adiado, o impacto nas contas
do governo seria de cerca de R$ 11 bilhões. Caso a proposta valesse apenas para
civis, o impacto atingiria a casa dos R$ 6,9 bilhões.
Em nota enviada ao Metrópoles, o Sindsep-DF ainda afirmou
que “os servidores já sofrem com minguados salários, ausência de planos de
carreira, diminuição considerável dos concursos públicos”. “Desde o início de
2017, o governo Temer tem se recusado a discutir sobre toda e qualquer demanda
responsável por causar impacto orçamentário”, afirma o sindicato. “Em um
cenário assim, o mínimo a ser feito é honrar com os acordos assinados e que
viraram lei. Até porque, são fruto da luta da categoria”, completa o
comunicado.
O anúncio da proposta foi feito por Esteves Colgano durante
entrevista coletiva voltada para apresentação de dados do Relatório de
Avaliação de Receitas e Despesas.
Conforme o documento, a estimativa de crescimento da economia para este ano passou de 2,5% para 1,6%. (Com informações da Agência Brasil).
Conforme o documento, a estimativa de crescimento da economia para este ano passou de 2,5% para 1,6%. (Com informações da Agência Brasil).
Por Ingred Suhet
Fonte: Metrópoles