BSPF - 04/09/2018
Os R$ 2,2 bilhões abatidos do impacto previsto para o
reajuste dos servidores federais (de R$ 6,9 bilhões para R$ 4,7 bilhões), no
Orçamento de 2019, saíram da saúde do funcionalismo
A fonte da economia, não revelada pelos ministros da Fazenda
e do Planejamento, foi a desistência do governo de dar aumento de 50% na contrapartida
da União (de R$ 130 mensais, em média) aos planos de saúde. “Hoje, os
servidores pagam mais de 85% do valor das contribuições. Em nossos cálculos, a
atualização dos valores, que não são reajustados desde 2016, ficaria em torno
de R$ 2 bilhões”, contou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Para a União Nacional das Instituições de Autogestão em
Saúde (Unidas), representante do segmento no Brasil, o recuo do governo tem
sérios impactos no setor. A tendência é de que cada vez mais pessoas não
consigam bancar as mensalidades. “Alguns planos que têm o governo federal como
patrocinar chegam a perder 4 mil pessoas por mês. Nas autogestões ainda há um
agravante. Os planos são sem fins lucrativos e não podem ser vendidos. Então
dificilmente se repõe essa perda de beneficiários”, informou a Unidas.
Fonte: Blog do Servidor