BSPF - 29/09/2018
Para Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das
Carreiras de Estado (Fonacate), “o governo aproveita o apagar das luzes para
fazer uma perigosa minirreforma administrativa”.
No entender de Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional
das Carreiras de Estado (Fonacate), “o governo aproveita o apagar das luzes
para fazer uma perigosa minirreforma administrativa”. “Como o governo, que não
previu concurso público em 2019 para economizar, terá recursos para contratar?
O decreto entra em vigor no ano que vem. Como um governo que sai joga a
responsabilidade no colo de outra gestão”, questionou Sérgio Ronaldo da Silva,
secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef).
Por meio de nota, o Ministério do Planejamento informou que
“o novo decreto não inova no ordenamento em relação a práticas de terceirização
em qualquer setor ou órgão dos serviços federais, ao contrário, apenas
uniformiza regras que já são praticadas pelos gestores de compras”.
Para o advogado Rodrigo Torelly, o decreto é
inconstitucional e viola dispositivos constitucionais que exigem concurso para
cargos públicos, “corolário dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da
eficiência, da moralidade, da publicidade, da eficiência, da isonomia e da
segurança jurídica”.
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), afirmou, em nota, que, o decreto “abriu caminho para que a
terceirização possa se dar em qualquer setor dos serviços públicos federais,
pelo mero barateamento da mão de obra indiretamente contratada”.
Fonte: Fonacate