O Dia - 30/10/2018
Segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar (Diap), a quantidade de deputados ligados às
categorias dobrou em quatro anos. Em 2014, foram eleitos 35 deputados que
defendiam as propostas de interesse dos funcionários da União. A partir do ano
que vem serão 70 parlamentares com esse perfil
Rio - A nova bancada na Câmara dos Deputados de
representantes do funcionalismo público federal pode ser uma pedra no sapato na
tramitação da Reforma da Previdência que trata das mudanças de regras das
aposentadorias dos servidores. Segundo levantamento feito pelo Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a quantidade de deputados
ligados às categorias dobrou em quatro anos. Em 2014, foram eleitos 35 deputados
que defendiam as propostas de interesse dos funcionários da União. A partir do
ano que vem serão 70 parlamentares com esse perfil.
Conforme os dados do departamento, metade das cadeiras da
Câmara Federal será ocupada por deputados eleitos que são ligados à área de
Segurança Pública, entre policiais militares, federais, civis e rodoviários ou
mesmo militares. Muitos deles foram beneficiados pela campanha do presidente
eleito Jair Bolsonaro (PSL). Desse total, 22 eleitos são da legenda do novo
presidente que ganhou o segundo turno no último domingo.
A tendência é que principalmente esse grupo de parlamentares
pressione o presidente eleito pela manutenção das regras de aposentadoria dos
servidores públicos.
Da segurança
Os servidores públicos foram uma das categorias que mais
lutaram contra a Reforma da Previdência durante o governo Michel Temer. E
agora, muitos dos deputados eleitos este ano, e principalmente os que são
ligados ao setor de Segurança Pública, serão os interlocutores próximos do
Poder Executivo na gestão de Jair Bolsonaro. E deverão pressionar para que as
regras atuais das aposentadorias sejam mantidas.
Por Paloma Savedra