DCI - 05/10/2018
Seja quem for eleito, o novo governo deverá adotar medidas
que possam significar perda salarial dos servidores públicos da União.
Os servidores públicos dos três poderes da União estão
apreensivos com a possibilidade de adoção de medidas que possam significar
perda de direitos para a grande massa do funcionalismo público.
Seja quem for o eleito, Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando
Haddad (PT), o maior temor é que o novo governo promova desvalorização de
salários ou redução de benefícios para ativos, aposentados e pensionistas.
Essa preocupação surgiu porque, segundo as entidades da
categoria, a maioria dos candidatos ainda não expôs com clareza as propostas
que pretende desenvolver no comando da administração pública, nem como deve
lidar com as demandas dos servidores. Não há propostas dos candidatos às pautas
históricas, como data-base em primeiro de maio; direito irrestrito de greve e
negociação coletiva no serviço público; paridade salarial entre ativos,
aposentados e pensionistas; isonomia salarial e de todos os benefícios entre os
poderes; e incorporação de gratificações.
Judiciário
Declarações dadas
nesta quinta-feira (04/10/2018) pelo candidato do PT durante o debate dos
presidenciáveis acendeu o sinal de alerta para servidores do Poder Judiciário
da União. “Cortar direitos do trabalhador para acertar as contas públicas isso
não se faz. Tem que cobrar do andar de cima. E não dar privilégios para o andar
de cima, como vocês recentemente fizeram, aprovando reajuste do Judiciário, que
é o funcionário público que mais ganha”.
Privilégios
A coluna apurou que paira desconfiança das entidades dos
servidores públicos com relação a todos os presidenciáveis, pois virou
lugar-comum a defesa do “corte de privilégios”, numa alusão à categoria. Sérgio
Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef), considera que está em marcha “um jogo pesado contra
o serviço público”.
Poder de pressão