O Dia - 30/11/2018
De acordo com ele, a proposta apresentada pelo governo atual
é muita agressiva com o trabalhador
Rio - O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), informou
nesta quinta-feira que pretende propor uma outra Reforma da Previdência no próximo
ano. De acordo com ele, a proposta apresentada pelo governo atual é muita
agressiva com o trabalhador.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, parada na
Câmara por conta da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro,
aumenta a idade mínima para mulheres pedirem o benefício no INSS de 60 anos
para 62 anos de idade. Os homens continuariam com a exigência de 65 anos.
Mas, segundo o próprio Bolsonaro, o ideal é que mulheres
possam se aposentar aos 56 anos de idade e os homens aos 61. "Um
trabalhador da construção civil, por exemplo, aos 65 anos de idade não tem
condição de levantar um saco de 50 quilos de cimento", pontua.
Segundo ele, não se pode generalizar a fixação da idade
mínima de 65 anos porque certas atividades são incompatíveis com a
aposentadoria até mesmo aos 60 anos. "Cada região tem suas
especificidades, como as pessoas do campo, por exemplo", avalia. Bolsonaro
também citou os policiais militares do Rio de Janeiro. "Não é justo
colocar lá em cima a idade mínima (para eles)", finaliza o presidente
eleito.
Caixa e BB livres de venda
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estão fora do
radar de privatizações do próximo governo. A afirmação é do presidente eleito,
Jair Bolsonaro. "Qualquer privatização tem que ser responsável. Não é
jogar pra cima e ficar livre. Algumas privatizações ocorrerão. Outras
estratégicas, não. Banco do Brasil e Caixa não estão no nosso radar",
afirmou.
Paulo Guedes, guru de Bolsonaro e que assumirá o Ministério
da Economia, afirmou que quer enxugar em 30% a estrutura atual da área
econômica. Guedes pretende fixar em seis o número de secretarias especiais,
concentrando as áreas prioritárias. Hoje são 20. A ideia é adotar programa de
privatização que renderia R$ 800 bilhões.
Por Martha Imenes