Agência Brasil
- 09/11/2018
Presidente eleito disse que não fechou nenhuma proposta
Brasília - O presidente eleito Jair Bolsonaro reclamou hoje
(9), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, que querem colocar na
conta dele decisões sobre a Previdência que não foram tomadas. “O que recebi em
Brasília foram projetos”, destacou, afirmando que não fechou ainda nenhuma
proposta de reforma.
Ele voltou a negar a ideia de aumentar de 11% para 22% a
alíquota do INSS e também fixação mínima de 40 anos para concessão de
aposentadoria integral.
“O que estou vendo (sobre as propostas atuais) é que pouca
coisa pode ser aproveitada", disse.
Bolsonaro ressaltou que a Previdência do funcionalismo
público é a mais deficitária e precisa ser revista. Mais uma vez, ele disse que
não quer ver o Brasil “transformado” em uma Grécia - onde os contribuintes
tiveram que aumentar o pagamento do desconto linear para 30%, segundo
Bolsonaro.
O presidente eleito apelou para a compreensão da sociedade
sobre a necessidade de aprovar mudanças no sistema previdenciário. “Todos têm
de entender que está difícil”, afirmou. “Não podemos falar em salvar o Brasil,
quebrando o Brasil.”
Bolsonaro se reuniu ontem (8), em Brasília, com
parlamentares de vários partidos na tentativa de buscar acordos para aprovar a
reforma da Previdência. Inicialmente, ele estuda discutir apenas as medidas
infraconstitucionais – aquelas que não dependem de mudanças na Constituição -,
apressando assim o processo.
Na próxima semana, o presidente eleito retorna a Brasília
para mais reuniões. Ele tem conversas marcadas com os presidentes do Senado,
Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A disposição é
para garantir meios de aprovar as medidas consideradas urgentes na
Previdência.
O presidente eleito também lembrou que o reajuste do
Judiciário não é responsabilidade dele, mas sim do governo Michel Temer.
"Estão botando na minha conta o reajuste do Judiciário para eu começar o
governo com problemas. Mas eu só dei a minha opinião. Achei inoportuno. "