Agência Brasil
- 03/12/2018
Atividades serão distribuídas entre três pastas
Brasília - O ministro extraordinário da transição, Onyx
Lorenzoni, confirmou hoje (3) a extinção do Ministério do Trabalho a partir de
1º de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro assume o Executivo nacional.
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta manhã, Onyx explicou que as atuais
atividades da pasta serão distribuídas entre os ministérios da Justiça, da
Economia e da Cidadania.
Segundo ele, tanto as concessões de cartas sindicais quanto
a fiscalização das condições de trabalho ficarão a cargo da equipe de Sergio
Moro (Justiça). Sob o guarda-chuva de Paulo Guedes (Economia) e Osmar Terra
(Cidadania) serão divididas as políticas de emprego, contemplando ações
voltadas para o empregador e para empresários.
Onyx afirmou que o futuro governo terá 20 ministérios
funcionais e dois eventuais. Os dois últimos são estruturas com status
ministerial temporariamente, de acordo com estratégias defendidas pela equipe
de Bolsonaro. Trata-se do Banco Central que “quando vier a independência deixa
status de Ministério” e a Advocacia-Geral da União (AGU).
Bolsonaro deve definir nos próximos dias o comando do Meio
Ambiente e dos Direitos Humanos. Onyx Lorenzoni vai detalhar a nova estrutura
do governo em uma entrevista coletiva marcada para esta tarde.
Parlamentares
Nesta terça-feira, Onyx acompanha o presidente eleito em
conversas com bancadas parlamentares. O primeiro grupo será do MDB e PRB que,
juntos, têm mais de 60 parlamentares. Na quarta-feira, será a vez das bancadas
do PR e PSDB.
De acordo com o futuro ministro de Bolsonaro, os encontros
têm como finalidade apresentar um modelo diferente da relação entre Executivo e
Legislativo. Onyx reiterou a afirmação que vem sendo feita pelo presidente
eleito de que não haverá mais a política “toma lá, dá cá”, quando cargos eram
distribuídos em troca de apoio na votação de projetos prioritários.
“Ao longo dos anos esses lugares eram dados e usados para
operações que eram desvio de dinheiro público. E isso não vai ter no governo
Bolsonaro. Estamos criando um novo mecanismo que não existe, uma nova lógica de
relacionamento de construção de maioria que passa primeiro na relação com as
bancadas, depois frentes parlamentares e vamos ter coordenadores regionais”,
disse.
Segundo ele, a maioria será construída com apoio a parlamentares
em projetos nos seus estados, como a execução de obras e atendimento de outras
emendas, além da participação em programas do governo.