Reuters - 18/12/2018
Brasília - Todas as categorias vão ter que ceder na reforma
da Previdência do governo de Jair Bolsonaro, o que inclui os militares, e quem
afirma isso não é um membro da equipe econômica, mas um dos generais da reserva
que compõem o primeiro escalão, o futuro ministro da Secretaria de Governo,
Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos nomes mais próximos hoje do presidente
eleito.
“Têm categorias que precisam ceder alguma coisa, caso do
Judiciário, do Ministério Público, de todo o funcionalismo público. E aí entram
os militares no meio. A idade de aposentadoria por exemplo tem que ser mexida”,
defendeu Santos Cruz em uma entrevista à Reuters no Centro Cultural Banco do
Brasil em Brasília, onde se reúne a equipe de transição.
“Acho que vão ter que mexer na idade de aposentadoria. Eu
estou com 66 anos e estou trabalhando normalmente. Acho que o pessoal se
aposenta muito cedo em algumas carreiras. E não é só na área militar, têm
várias carreiras que o pessoal se aposenta com 40 e poucos, 50 anos. Isso é
inadmissível no mundo de hoje.”
Durante a campanha, Bolsonaro negava que os militares
pudessem ser atingidos por uma reforma. No entanto, a realidade de que a
categoria é responsável por quase metade do déficit da Previdência pública
levou a equipe econômica a tentar convencer o presidente eleito que terá de
haver mudanças de alguma forma.
Recentemente, o presidente eleito admitiu, em uma
entrevista, que poderá haver uma idade mínima, mas não a mesma dos demais
trabalhadores, que deverá ser de...
Leia a íntegra em Todos vão ter que ceder na reforma da Previdência, inclusive militares, diz general Santos Cruz