Correio Braziliense
- 05/01/2019
Desde a última quarta-feira, o Diário Oficial da União está
recheado de nomes de servidores exonerados de cargos. Além da necessidade de
reduzir gastos do Executivo, medida tem intenção de retirar funcionários
ligados aos governos petistas
Já se aproxima de 4 mil o número de servidores exonerados e
dispensados de cargos de confiança do Executivo. O Diário Oficial da União
(DOU) esteve mais grosso que o normal nos últimos dias, dada a recente mudança
de governo e a vontade do presidente Jair Bolsonaro de demitir pessoas ligadas
às gestões passadas. Até ontem, 3,7 mil funcionários tiveram que empacotar os
pertences e deixar a Esplanada dos Ministérios, o que, segundo especialistas,
pode gerar economia e ampliar o apoio popular.
Os ganhos financeiros não serão grandes para resolver os
problemas fiscais, mas agradam, principalmente, os eleitores de Bolsonaro.
Ontem, 45 páginas do DOU — já contando com a edição extra — confirmaram que as
exonerações continuaram, como havia garantido o ministro-chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni. A ordem é diminuir os cargos comissionados, em especial aqueles
criados na época dos governos do PT. O processo de “despetização” foi revelado
pelo Correio no fim de 2018, quando as equipes técnicas começaram a levantar as
informações para iniciar o processo de desligamento.
A intenção do novo governo — que se propõe a ser
“revolucionário”, segundo analistas — é reduzir ao máximo o tamanho da máquina
pública. O empenho é uma mescla de esforços entre a ala política e a econômica.
Enquanto Bolsonaro responde aos interesses de seus eleitores com o corte de
cargos comissionados petistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, busca o
corte de desperdícios para dar mais eficiência ao setor público, que tem em
torno de 122 mil postos de confiança na...
Leia a íntegra em Desde o dia 1º, 3.730 pessoas foram exoneradas na gestão Bolsonaro