Metrópoles - 10/01/2019
Posição destoa do discurso da equipe econômica do governo,
que defende uma proposta “consistente e duradoura” que envolva todas as
carreiras
A novela em torno da reforma da Previdência ganhou novos
capítulos. O governo Jair Bolsonaro (PSL) estuda enviar ao Congresso uma
proposta mais robusta, com a criação de novo modelo de capitalização para os
futuros trabalhadores. Também foi anunciado que está em gestação uma medida
provisória (MP) para combater fraudes na Previdência, e que haverá um
pente-fino em mais de 2 milhões de benefícios concedidos no país. Mas a grande
polêmica foi novamente levantada pelos integrantes do governo que vieram da
caserna: eles querem os militares fora da reforma da Previdência.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos
Alberto dos Santos Cruz, afirmou que há outras categorias com peculiaridades
que devem ser levadas em conta nessa discussão.
"Militar é uma categoria muito marcante, de farda. Militares,
policiais, agentes penitenciários, Judiciário, Legislativo, Ministério Público
possuem características especiais, que têm de ser consideradas e
discutidas"
General Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da
Secretaria de Governo
A fala destoa do discurso da equipe econômica da gestão
Bolsonaro, que defende uma proposta “consistente e duradoura”, envolvendo todas
as carreiras, inclusive militares. Seria uma forma de mostrar que todos, sem
exceção, seriam atingidos pela reformulação da Previdência Social, inclusive a
categoria da qual o presidente faz parte.
Vale ressaltar que a aposentadoria dos militares representa
uma boa parcela no rombo previdenciário. Pelo menos foi o que mostrou a
mensagem do presidente Michel Temer ao Congresso Nacional quando do envio da
proposta orçamentária para este ano de 2019: o déficit com os militares
inativos e os seus pensionistas cresce, enquanto o regime próprio dos
servidores civis da...
Leia a íntegra em Militares pressionam para ficar fora da reforma da Previdência