Agencia Brasil
- 21/03/2019
Rio de Janeiro - O secretário nacional da Previdência,
Rogério Marinho, disse hoje (21) que não há margem para fazer reestruturações
de outras carreiras federais durante as discussões da reforma previdenciária. A
proposta de reforma da previdência dos militares, apresentada ontem (20) pelo
governo, inclui uma reestruturação da carreira das Forças Armadas.
"Nos últimos 19 anos, a única categoria mais relevante
do serviço público que não teve reestruturação foi as Forças Armadas",
disse.
Marinho disse que até pode haver pressão de outras categorias
para que se faça o mesmo com elas, mas o governo não pretende ceder. "Não
há nenhuma possibilidade, nenhuma margem de tratarmos desse tema".
Segundo Rogério Marinho, a reforma da proteção social dos
militares deve gerar economia de R$ 97 bilhões em dez anos. A reestruturação da
carreira custará cerca de R$ 87 bilhões." Na verdade, há um superávit.
Estamos dando muito mais do que estamos ganhando".
O secretário espera que a reforma da previdência seja
aprovada no primeiro semestre, mas destacou que agora a decisão está com o
Congresso.
"Agora, quem tem que dar o ritmo é o Congresso. Os
deputados têm que se sentir confortáveis para fazer a tramitação. É claro que,
para o governo e para a sociedade brasileira, é importante que o projeto tenha
a celeridade adequada sem que se perca a qualidade do debate", disse, ao
participar de congresso da Associação Brasileira de Supermercados hoje no Rio
de Janeiro.