quinta-feira, 4 de abril de 2019

Mourão põe general na GEAP


Blog Anasps     -     04/04/2019




Graduado em Administração e Logística, pela Academia Militar das Agulhas Negras (1981) e Mestre em Administração pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (2003). Tem experiência na área de Logística, Transporte, Gestão pela Qualidade e Gerenciamento de sistemas. O general Ricardo Marques Figueiredo, (como general de Divisão, chegou a Subsecretário de Economia e Finanças o Exército), tomou posse como diretor-executivo da GEAP, com ordem de fazer uma faxina para “despetizar” a entidade que já teve 750 mil participantes e hoje conta com um pouco mais de 455 mil, graças aos desmandos políticos, gerenciais e administrativos.

A GEAP movimenta R$ 7 bi sendo R$ 3,5 bi em receitas e R$ 3,5 bi em despesas e segue sendo a maior empresa de autogestão em saúde do país.

O vice-presidente Executivo da ANASPS, Paulo César Régis de Souza, tem chamado a atenção do governo para salvar a GEAP não só “da voracidade dos políticos” que há anos nadam de braçadas complicando as contas da GEAP, que há anos tem diretor fiscal da Agência Nacional de Saúde (ANS) para correção de irregularidades e fraudes.

No governo Temer, sob o domínio do ex-ministro Elizeu Padilha, que tomou de assalto a GEAP, logo nos primeiros dias, designando os dirigentes e entregando o comando ao PP. “A GEAP só andou para trás. Tememos por seu futuro e clamamos ao governo para que não ela não fosse extinta. Dificilmente seria privatizada, por falta de compradores e haveria problema se a clientela fosse transferida a outra empresa. Muitos dos participantes não teriam condições de pagar o preço cobrado pelos preços privados. Os sucessivos aumentos esvaziaram a GEAP. Não custa lembrar que os servidores públicos não têm tido reajustes nos seus vencimentos. A GEAP tem mais de mil participantes com idade superior a 90 anos”.

Paulo César Regis de Souza lembrou que há anos o governo não reajusta o que se chama o “per capta”, que é uma contribuição simbólica a título de assistência à saúde do servidor, que o governo solenemente descumpre. Os servidores têm pago as contribuições arbitradas pela ANS e, além disso estão submetidos ao programa de co-financiamento da assistência através dos exames laboratoriais.

Assinalou que o general Ricardo Marques Figueiredo vai encontrar uma instituição instalada nas capitais e sem nenhuma presença nas grandes cidades do interior onde residem muitos servidores. Além do que não tem unidades próprias de atendimento nem ambulatorial, nem hospitalar nem de exames clínicos. Por força de “gestão política” a rede é precária em muitas especialidades e muitos hospitais e clinicas rejeitam o credenciamento por não pagar propina.

Vejam o declínio da GEAP entre 2005 e 2018:

Em 2005 – 742.669 participantes, vidas, usuários.

Em 2006 – 691.765

Em 2007 – 692.380

Em 2008 – 688.298

Em 2009 – 653.032

Em 2010 – 632;147 rem relação a 2005, perda de 100 mil

Em 2011 – 627,615

Em 2012 – 600.557

Em 2013 – 570.591

Em 2014 – 614.048

Em 2015 – 588 855

Em 2016 – 508.303 em relação a 2005 mais de 200 mil perdas

Em 2017 – 466.054 em relação a 2005, quase 300 mil

Em 2018 – 455.551 em relação a 2005, mais de 300 mil 

O novo Conselho Deliberativo da GEAP tem três representantes do governo e três dos participantes, eleitos, os do governo tem mudado a cada estação do tempo, ao sabor das indicações políticas.

Os novos conselheiros titulares indicados pelo governo são Marcus Lima Franco, Ivete Vicentina de Amorim e André Serpa

Os eleitos pelos participantes Irineu Messias de Araújo, Manoel Ricardo Palmeira Lessa e Josmar Teixeira de Resende

O general Ricardo Marques Figueiredo na DIREX – Diretoria Executiva terá que designar os novos diretores:  DISAU – Diretoria de Saúde. DICON – Diretoria de Controle de Qualidade, DIRAD – Diretoria de Administração, DIFIN – Diretoria de Finanças 

Por J. B. Serra e Gurgel


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