Blog Anasps - 04/04/2019
Graduado em Administração e Logística, pela Academia Militar
das Agulhas Negras (1981) e Mestre em Administração pela Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército (2003). Tem experiência na área de Logística,
Transporte, Gestão pela Qualidade e Gerenciamento de sistemas. O general
Ricardo Marques Figueiredo, (como general de Divisão, chegou a Subsecretário de
Economia e Finanças o Exército), tomou posse como diretor-executivo da GEAP,
com ordem de fazer uma faxina para “despetizar” a entidade que já teve 750 mil
participantes e hoje conta com um pouco mais de 455 mil, graças aos desmandos
políticos, gerenciais e administrativos.
A GEAP movimenta R$ 7 bi sendo R$ 3,5 bi em receitas e R$
3,5 bi em despesas e segue sendo a maior empresa de autogestão em saúde do
país.
O vice-presidente Executivo da ANASPS, Paulo César Régis de
Souza, tem chamado a atenção do governo para salvar a GEAP não só “da
voracidade dos políticos” que há anos nadam de braçadas complicando as contas
da GEAP, que há anos tem diretor fiscal da Agência Nacional de Saúde (ANS) para
correção de irregularidades e fraudes.
No governo Temer, sob o domínio do ex-ministro Elizeu
Padilha, que tomou de assalto a GEAP, logo nos primeiros dias, designando os
dirigentes e entregando o comando ao PP. “A GEAP só andou para trás. Tememos
por seu futuro e clamamos ao governo para que não ela não fosse extinta.
Dificilmente seria privatizada, por falta de compradores e haveria problema se
a clientela fosse transferida a outra empresa. Muitos dos participantes não teriam
condições de pagar o preço cobrado pelos preços privados. Os sucessivos
aumentos esvaziaram a GEAP. Não custa lembrar que os servidores públicos não
têm tido reajustes nos seus vencimentos. A GEAP tem mais de mil participantes
com idade superior a 90 anos”.
Paulo César Regis de Souza lembrou que há anos o governo não
reajusta o que se chama o “per capta”, que é uma contribuição simbólica a
título de assistência à saúde do servidor, que o governo solenemente descumpre.
Os servidores têm pago as contribuições arbitradas pela ANS e, além disso estão
submetidos ao programa de co-financiamento da assistência através dos exames
laboratoriais.
Assinalou que o general Ricardo Marques Figueiredo vai
encontrar uma instituição instalada nas capitais e sem nenhuma presença nas
grandes cidades do interior onde residem muitos servidores. Além do que não tem
unidades próprias de atendimento nem ambulatorial, nem hospitalar nem de exames
clínicos. Por força de “gestão política” a rede é precária em muitas
especialidades e muitos hospitais e clinicas rejeitam o credenciamento por não
pagar propina.
Vejam o declínio da GEAP entre 2005 e 2018:
Em 2005 – 742.669 participantes, vidas, usuários.
Em 2006 – 691.765
Em 2007 – 692.380
Em 2008 – 688.298
Em 2009 – 653.032
Em 2010 – 632;147 rem relação a 2005, perda de 100 mil
Em 2011 – 627,615
Em 2012 – 600.557
Em 2013 – 570.591
Em 2014 – 614.048
Em 2015 – 588 855
Em 2016 – 508.303 em relação a 2005 mais de 200 mil perdas
Em 2017 – 466.054 em relação a 2005, quase 300 mil
Em 2018 – 455.551 em relação a 2005, mais de 300 mil
O novo Conselho Deliberativo da GEAP tem três representantes
do governo e três dos participantes, eleitos, os do governo tem mudado a cada
estação do tempo, ao sabor das indicações políticas.
Os novos conselheiros titulares indicados pelo governo são
Marcus Lima Franco, Ivete Vicentina de Amorim e André Serpa
Os eleitos pelos participantes Irineu Messias de Araújo,
Manoel Ricardo Palmeira Lessa e Josmar Teixeira de Resende
O general Ricardo Marques Figueiredo na DIREX – Diretoria
Executiva terá que designar os novos diretores:
DISAU – Diretoria de Saúde. DICON – Diretoria de Controle de Qualidade,
DIRAD – Diretoria de Administração, DIFIN – Diretoria de Finanças
Por J. B. Serra e Gurgel