BSPF - 30/04/2019
Estudo da Secretaria de Política Econômica mostra que Nova
Previdência combate esses privilégios
Um estudo sobre subsídios previdenciários, publicado nesta
segunda-feira (29/04) pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério
da Economia, mostra que a Nova Previdência – em tramitação no Congresso
Nacional – combate os privilégios das classes mais altas da sociedade.
Pelo regime atual de Previdência, os trabalhadores que
recebem os menores salários durante a vida profissional também contam com menos
subsídios do governo após se aposentarem. Enquanto isso, os que ganham salários
mais vultosos são duplamente beneficiados, pois ficam com os maiores subsídios
após encerrarem as atividades profissionais.
Maiores subsídios vão para salários mais altos
Como "subsídio previdenciário", entende-se aquilo
que o trabalhador aposentado e seus pensionistas receberão do Estado a mais do
que foi pago durante os anos de contribuição. De acordo com o secretário da
SPE, Adolfo Sachsida, a mudança de regime previdenciário corrigirá essa
distorção. "Quem ganha um alto salário terá boa parte dos subsídios
cortados na aposentadoria pela Nova Previdência. Para os menores salários,
praticamente não haverá redução no subsídio que é desembolsado pelo Estado",
explicou.
O estudo da SPE aponta que tanto no setor público como no
privado os salários mais altos abocanham os maiores subsídios previdenciários.
"O atual sistema é uma fonte de redistribuição de renda dos mais pobres
para os mais ricos. Já a Nova Previdência inverte esse cenário, pois ela é
justa e favorece os mais pobres", comparou Sachsida.
Para o secretário, o objetivo da análise produzida pela SPE
é informar à sociedade as distorções presentes nas aposentadorias, evidenciando
a enorme desigualdade de condições e os privilégios existentes. "O rombo
causado pelas regras previdenciárias atuais aumentam com as pessoas mais ricas.
Ou seja, se não mudarmos, no futuro a população mais pobre terá que pagar via
impostos as desigualdades proporcionadas para a aposentadoria dos mais
ricos", concluiu.
Fonte: Ministério da Economia