Agência Brasil
- 20/05/2019
Presidente ressaltou urgência para aprovação da reforma da
Previdência
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (20) que
falta dinheiro no governo federal e que se a reforma da Previdência não for
aprovada, em no máximo cinco anos, não haverá recursos para pagamento de
servidores na ativa. “Não podemos desenvolver muita coisa por falta de recursos,
por isso precisamos da reforma da Previdência. Ela é salgada para alguns? Pode
até ser, mas estamos combatendo privilégios. Não dá para continuar mais o
Brasil com essa tremenda carga nas suas costas. Se não fizermos isso, 2022,
2023, no máximo em 2024, vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa”,
disse.
Bolsonaro recebeu, nesta segunda-feira, a Medalha do Mérito
Industrial do Estado do Rio de Janeiro, em cerimônia na Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A premiação foi criada em 1965
e é destinada a personalidades nacionais e estrangeiras que desempenharam papel
relevante para o desenvolvimento da indústria fluminense.
Aos industriais, o presidente disse que está trabalhando
para desburocratizar e melhorar o ambiente de negócios no país, para que os
empresários brasileiros alcancem o sucesso e consigam gerar mais emprego e
renda para a população. “O primeiro trabalho que queremos fazer é não
atrapalhá-los, já estaria de bom tamanho, tendo em vista [a burocracia] que os
senhores tem que enfrentar no dia a dia”, disse.
Como exemplo de medidas e projetos para facilitar a vida dos
brasileiros, Bolsonaro citou a Medida Provisória da Liberdade Econômica,
facilitação de licenças ambientais, o aumento da validade da carteira de
habilitação de cinco para dez anos e a retirada de radares das rodovias
federais .
Para Bolsonaro, os governantes devem se empenhar ainda na
redução de impostos. Ele citou como exemplo a redução da alíquota do Imposto
Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível de
aviação em São Paulo, de 25% para 12%. “Uma simples variação no ICMS do
querosene de aviação faz com que São Paulo tenha mais aviões partindo de seus
aeroportos que o nosso aqui, no Rio de Janeiro. Sinal que quanto menos a gente
tributa, quanto menos interfere, maior desenvolvimento”, disse.
Após a cerimônia, Bolsonaro participa de um almoço oferecido
pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira. O presidente retorna
ainda hoje para Brasília, com previsão de chegada às 16h20 na capital federal.