BSPF - 18/05/2019
“Câmara e Senado terão uma agenda muito objetiva de
reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro
Paulo Guedes”, afirmou
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse
nesta sexta-feira (17) que irá trabalhar com os líderes partidários e o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para apresentar nas próximas semanas uma
agenda voltada para a reestruturação do Estado brasileiro e medidas de curto
prazo para estimular o aquecimento da economia.
“Nós vamos deixar bem claro para a sociedade que a Câmara e
o Senado terão uma agenda muito racional, muito objetiva de reestruturação do
Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”,
afirmou Maia no 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic),
organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio de
Janeiro.
Na avaliação de Maia, a polarização política nas redes
sociais tem levado a contestações da democracia em vários países, e o Congresso
deve mostrar para a sociedade que tem uma agenda muito racional para o
desenvolvimento do País.
“Nós não vamos ficar olhando para essas guerrilhas virtuais
que existem em todos os campos políticos, é uma confusão enorme esse negócio de
rede social. Se a gente ficar olhando rede social, a gente não faz a [reforma
da] Previdência, não melhoramos a educação, saúde”, disse.
Previdência
De acordo com Maia, não foram as dificuldades para aprovar a
reforma da Previdência que levaram à redução das projeções do crescimento
econômico.
"As projeções caíram por outras questões. Isso que me
preocupa. Estou preocupado com o curto prazo. Estamos caminhando para o aumento
do desemprego e o aumento da pobreza", afirmou.
Para a Maia, a reforma da Previdência segue o cronograma dos
trabalhos da Casa e deverá ser aprovada até julho na Câmara dos Deputados.
"A Previdência não era mais para ser um dilema, precisa ser a
solução", disse o presidente.
Reforma administrativa
Rodrigo Maia defendeu também a reforma administrativa do
Estado, para melhorar a eficiência dos gastos públicos.
“Nós precisamos reestruturar a gestão pública no Brasil. O Estado
brasileiro ficou caro. Os três Poderes, as carreiras típicas de Estado, os
servidores da Câmara, recebem 67% mais que o seu equivalente no setor privado.
Nos estados, a média é 30%”, avaliou.
Segundo o presidente, os estudos de uma reforma administrativa
já estão sendo analisados pela Câmara dos Deputados e devem ser apresentados em
breve. “Não quero tirar um real daqueles que fizeram concurso e tem os seus
diretos, mas daqui para frente vamos reconstruir as carreiras”, concluiu.
Da Assessoria de Imprensa
Fonte: Agência Câmara Notícias