G1 - 05/05/2019
Estimativa consta do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2020, enviado ao Congresso no mês passado. Entre os motivos,
está o chamado 'abono de permanência'.
Brasília - O governo federal estimou no projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, encaminhado em abril ao Congresso
Nacional, que os servidores públicos em condições para pedir aposentadoria
aguardarão, em média, mais sete anos para ingressar formalmente com os pedidos
– em razão também do chamado "abono de permanência".
Esse benefício, instituído pela Emenda Constitucional 41, em
2003, corresponde ao valor da contribuição previdenciária mensal do servidor
que solicitar, desde que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria e opte
em permanecer em atividade.
Só há abono de permanência para aposentadoria proporcional
se adquirido o direito até 30 de dezembro de 2003, e, por idade (homens, 65
anos, e mulher, 60) – se completada a idade até a mesma data –, acrescido de
tempo de contribuição (homem, 30 anos e mulher, 25 anos) e demais requisitos.
O que diz a LDO
De acordo com o projeto da LDO de 2020, enviada no mês
passado ao Legislativo, até a avaliação atuarial do exercício de 2017,
considerava-se que todos os servidores identificados com direito ao recebimento
do abono de permanência iriam exercer de imediato o direito à aposentadoria.
Entretanto, o governo acrescentou que essa
"hipótese" se mostrou "muito conservadora", pois não se
observa que isso ocorra na prática – o que gerava "distorções nas
projeções atuariais" (para os gastos com benefícios).
No projeto da LDO, informou ainda que, por essa razão, essa
hipótese foi revista, adotando-se a premissa de que os servidores aguardarão
mais sete anos no trabalho, "contados da data de cumprimento da melhor
elegibilidade para se aposentar".
De acordo com informações da área econômica, essa projeção
de que os servidores aguardarão, em média, mais sete anos para se aposentar tem
por base a experiência do que aconteceu nos últimos anos.
O governo informou, porém, que a maioria dos servidores que
optam por não se aposentar quando reúnem as condições para isso têm salários
mais baixos.
O secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin, afirmou, entretanto,
que, se há em curso um movimento para alterar as regras vigentes de
aposentadoria, por meio de proposta que tramita no Congresso Nacional, "é
de se esperar que o número de pedidos [de aposentadoria] aumente, o que de fato
se vem observando nos...
Leia a íntegra em Governo prevê que servidores em condições de se aposentar ficarão em média mais 7 anos na ativa