G1 - 20/06/2019
Insetos circulam por equipamentos, baias e telefones.
Problema existe desde 2011, segundo servidores, mas se intensificou há 4 meses;
ministério diz que fará dedetização.
Servidores públicos e funcionários terceirizados do
Ministério do Desenvolvimento Regional, em Brasília, enfrentam uma infestação
de baratas há cerca de 4 meses. A pasta disse que vai providenciar a
dedetização do prédio, mas não deu prazo para a realização.
A maioria dos insetos, segundo quem trabalha na autarquia,
têm tamanho pequeno e entram nos equipamentos, nas tomadas, além de circularem
com facilidade entre baias e computadores.
Um servidor que não quis se identificar disse à reportagem
que uma colega de trabalho chegou a sentir as baratas dentro do telefone,
quando fazia uma ligação. "Quando a gente abriu, viu que tinha um ninho de
baratas e eram várias lá dentro."
Ainda de acordo com os servidores, as "visitas"
indesejadas começaram em 2011, quando o Ministério das Cidades funcionava no
mesmo prédio. Um memorando que pedia "providências urgentes" chegou a
ser encaminhado pelo assessor do então ministro, Mário Negromonte, à
Coordenadoria Geral de Logística.
Na época, as baratas eram encontradas com maior frequência
nas copas, onde havia maior concentração de alimentos, mas o prédio passava por
dedetizações com frequência, segundo os funcionários. Eles disseram à
reportagem que eram comunicados por e-mail sobre a realização do serviço.
No entanto, as mensagens pararam de chegar no início do ano,
quando o Ministério das Cidades foi extinto pelo governo Bolsonaro (PSL) e o
contrato com a empresa responsável pelo serviço foi cancelado.
Atualmente, o prédio é ocupado pelas secretarias de
Saneamento, de Mobilidade Urbana, de Habitação e de Segurança Hídrica.
Combate diário
O professor e especialista em Zoologia da Universidade de
Brasília (UnB) José Roberto Pujol afirma que a barata pequena – encontrada com
maior frequência no prédio – é uma das espécies mais difíceis de se combater.
Mesmo assim, ele explica que a estratégia de combate é
simples: dedetizações periódicas e limpeza constante do prédio. "O cuidado
com os resíduos que o prédio produz é igualmente importante."