Jornal Extra
- 09/06/2019
A reforma da Previdência proposta pelo governo federal
iguala as regras de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado às dos
servidores públicos. Para tentar reverter as mudanças mais rígidas, o lobby dos
servidores tem sido um dos mais atuantes no Congresso, segundo o presidente da
comissão mista da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM). O professor de
Direito Previdenciário do Ibmec/RJ, Fábio Zambitte, explica que os servidores
mais prejudicados serão aqueles que ingressaram no funcionalismo até 1998, e
contribuíam sob o valor total de seus rendimentos. No caso dos segurados do
INSS, a contribuição é feita em cima do teto, que hoje é de R$ 5.839,45.
— Esse trabalhador está há muitos anos contribuindo sobre o
salário integral para se aposentar com o benefício integral e aos 50 anos. Com
a reforma, terá que se aposentar com 65 anos, no caso do homem, e 62, no da
mulher — disse.
O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores
Policiais Civis, André Luiz Gutierrez, disse que a categoria não quer perder os
direitos garantidos pela legislação:
— Fizemos um trabalho junto ao governo e parlamentares e
conseguimos inserir duas emendas na PEC. Elas só mantêm o que já temos.
Confederação é contra retirada de direitos
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) é contra a aprovação da proposta porque, segundo o secretário-geral
da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva, o texto não apresenta perspectivas e sim
a retirada de direito dos...
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