Agência Câmara Notícias
- 01/07/2019
Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal seriam as
categorias beneficiadas caso mudanças sejam aceitas pelo relator da proposta
O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo
(PSL-GO), informou estar em negociação uma regra de transição mais amena para a
aposentadoria de policiais federais e policiais rodoviários federais. Ele
esteve reunido com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o relator da reforma
da Previdência (PEC 6/19), Samuel Moreira (PSDB-SP), no início da noite desta
segunda-feira (1º) na residência oficial.
“Foi uma reunião muito boa, conseguimos perceber no
presidente e no relator total abertura ao diálogo”, disse Vitor Hugo. O acordo
não está fechado, mas a intenção é incluir na complementação de voto que deve
ser apresentada amanhã pelo relator uma regra de transição diferenciada para os
policiais federais e rodoviários federais. “Um texto que atenda às
especificidades das carreiras”, afirmou o líder.
Vitor Hugo não quis detalhar a proposta, que está sendo
construída a partir de conversas com o secretário de Trabalho e Previdência do
Ministério da Economia, Rogério Marinho, e a União dos Policiais do Brasil,
“para não gerar expectativas”.
Deputados do PSL ligados às forças de segurança estiveram
reunidos com lideranças das categorias durante toda a tarde de hoje.
“Apresentamos nossa proposta, mas não chegamos a um texto final”, completou
Vitor Hugo.
A intenção, segundo ele, é não “embaralhar o processo de
negociação”. “Queremos influenciar a complementação de voto de Samuel para
atender à especificidade dos policiais. Dessa forma, não precisaremos
apresentar destaque no momento da votação”, declarou.
Impacto
O líder do governo disse ainda que, caso a mudança seja
aceita pelo relator, o impacto será o menor possível. Cálculos das categorias
mostram, segundo Vitor Hugo, que se todas as reivindicações fossem aceitas, a
economia gerada pela reforma da Previdência seria reduzida em R$ 4 bilhões, em
dez anos. “Se houver desidratação da proposta, será a menor possível”,
comentou. Inicialmente, o governo previa uma economia de mais de R$ 1 trilhão,
em dez anos, com a reforma.
Estados
A negociação, de acordo com o líder, não inclui as forças de
segurança de estados e municípios. “Até o momento, estados e municípios estão
fora da proposta, portanto, guardas municipais e policiais civis e militares
dos estados não fazem parte da negociação”, informou.
Rodrigo Maia tem reunião com governadores amanhã para tentar
incluir estados e municípios na proposta. Para Major Vitor Hugo, entretanto,
essa inclusão “depende dos interessados” e, caso não ocorra, não será
considerada uma derrota pelo governo federal.