O Dia - 10/09/2019
CCJ começa a analisar nesta terça-feira a PEC 438, que prevê
esse gatilho; medida é apoiada pelo governo Bolsonaro
Pauta defendida pela equipe econômica do governo de Jair
Bolsonaro e por governadores, a redução temporária de jornada e salário de
servidores avança na Câmara. A medida é prevista na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 438 de 2018, do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ). E a Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa começa a analisar hoje o parecer
favorável à matéria, apresentado na semana passada pelo relator, Sóstenes
Cavalcante (DEM-RJ).
Tudo indica que a CCJ dará aval à possibilidade do corte de
vencimentos, principalmente diante do forte apoio declarado por governistas à
PEC 438. De forma geral, a proposta altera a Constituição para frear o
crescimento das despesas obrigatórias e regulamentar a regra de ouro —
dispositivo que impede a União, os estados e os municípios de obterem dívidas
para bancar gastos correntes, como salários.
E pelo texto, a diminuição de jornada com adequação de
vencimentos seria uma iniciativa possível ao ente público que descumprir a
regra de ouro.
O governo aposta nesse gatilho como uma saída, tendo em
vista que, recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria
contrária à redução do período de trabalho e de vencimentos de funcionários
públicos.
A Corte tratou do tema em ação direta de
inconstitucionalidade. E na visão de integrantes do governo e congressistas, é
preciso buscar outro caminho, como o legislativo, para incluir esse dispositivo
na Constituição Federal. Já o funcionalismo critica a medida, e pretende articular
resistência contra essa iniciativa no plenário da Câmara.
Alternativa à demissão
Em defesa da proposta, Pedro Paulo argumenta que a redução
remuneratória é uma medida alternativa ao risco de demissão de servidor,
prevista na...
Leia a íntegra em Redução temporária de jornada e salário de servidor avança na Câmara