Correio Braziliense
- 01/09/2019
Eles serão os únicos com previsão de aumento salarial no
Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, a um custo de R$ 4,73 bilhões
aos cofres públicos
Para entrar na discussão da reforma da Previdência em um
projeto de lei separado, apresentado um mês após Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 6/2019), os militares ganharam contrapartidas generosas. Além
disso, os servidores das Forças Armadas serão os únicos com previsão de aumento
salarial no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, a um custo de R$
4,73 bilhões aos cofres públicos, quase um terço do aumento de R$ 12 bilhões
nos gastos com pessoal previsto para o ano que vem.
O gasto com a folha vai passar de R$ 324,6 bilhões em 2019 para
R$ 336,6 bilhões em 2020. “Os demais fatores de aumento nas despesas com
pessoal incluem uma última parcela de reajuste que entrou em vigor este ano
para servidores da educação e a progressão dos funcionários em suas carreiras”,
explicou o secretário do Orçamento Federal, George Soares.
O privilégio dos militares é regra, não exceção. Durante as
negociações para construir o texto que modifica as regras de proteção
previdenciária da categoria, o governo federal negociou a reestruturação da
carreira. Os integrantes das Forças Armadas alegam que, já que terão que
trabalhar mais, uma vez que o tempo de serviço vai subir de 30 para 35 anos, é
preciso reorganizar a estrutura, com compensações.
Segundo a proposta apresentada pelo governo, para a qual foi
criada uma comissão especial na Câmara dos Deputados, que começou a trabalhar
em 21 de agosto, cinco pontos vão garantir alguns benefícios aos...