Jornal Extra
- 09/10/2019
Brasília — O secretário especial de Desburocratização,
Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, afirmou nesta
quarta-feira que o governo vai concluir, ainda neste mês, uma proposta de
reforma administrativa.
A ideia da equipe econômica é rever os planos de carreira do
funcionalismo público, hoje curtos, com salários iniciais muito altos em
algumas áreas, e limitados por órgão, não por área temática.
— A atual forma de fazer gestão de pessoas no setor público
brasileiro não é satisfatória. Os serviços de ponta estão mal avaliados, os
servidores públicos muitas vezes não se sentem motivados, não estão
satisfeitos, ou não se sentem desafiados, e o custo de pessoal é bastante alto
e insustentável no longo prazo, principalmente pelo que tem sido entregue —
afirmou Uebel, durante evento de divulgação do estudo "Gestão de pessoas e
folha de pagamentos no setor público brasileiro: o que dizem os dados?”, do
Banco Mundial.
Ainda segundo Uebel, se aprovadas, as novas regras não
atingem direitos adquiridos dos atuais servidores:
— A proposta mantém todos os direitos adquiridos dos atuais
servidores. A gente quer fazer regras que valerão pros novos servidores, para
você criar um modelo novo e aí sim fazer essa migração — disse.
Segundo o estudo do Banco Mundial, o servidor público
federal brasileiro ganha, em média, quase o dobro que o trabalhador do setor
privado em área de atuação semelhante. A diferença do chamado “prêmio salarial”
é de 96%, a maior entre 53 países pesquisados pelo órgão multilateral. Nos
estados, essa diferença chega a 36%. O estudo aponta ainda que a redução de
salário de...
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