Metrópoles - 15/02/2020
Meta do governo é otimizar despesas e garantir que
investimento atenda à demanda da administração pública
Um gasto de R$ 3,5 bilhões anuais em formação e
especialização dos servidores entrou na mira do governo. A meta não é reduzir,
mas otimizar a despesa e garantir que o investimento vai atender à demanda da
administração pública.
O governo criou a Política Nacional de Desenvolvimento de
Pessoas (PNDP) e vai trabalhar num mapeamento da demanda dos órgãos por cursos
e especializações. A partir daí, será elaborado um plano de ação para garantir
a oferta da formação, com foco nas próprias escolas de governo ou com
contratação externa.
Atualmente, existe a figura da “licença capacitação”, como é
chamado o período de afastamento de até 90 dias a que o servidor tem direito a
cada cinco anos como efetivo.
A licença pode ser utilizada para cursos variados, inclusive
na modalidade à distância, mas agora seguirá critérios como carga horária
mínima de 30 horas semanais e precisará estar aderente às necessidades do
órgão. O cumprimento dessas exigências precisará ser comprovado em documentos.
“É um período de afastamento em que ele (servidor) mantém a
remuneração, então é um investimento público que está sendo feito. Portanto,
precisa estar aderente ao interesse do empregador, que é o governo federal”,
diz a secretária-adjunta de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da
Economia, Flavia Goulart.
Ela afirma que nenhuma empresa do setor privado admite pagar
salários para um funcionário estudar algo que não tenha relação com seu
trabalho.
Antes da nova política, nem sempre a formação escolhida pelo
servidor era útil ao governo. Além disso, alguns órgãos não estipulavam carga
horária mínima, o que abria brechas para cursos com pouca densidade de
conhecimento. Há relatos de funcionários que aproveitavam a licença para fazer
cursos de idiomas, o que, segundo Flavia, nem sempre é essencial à função
exercida por ele. Há ainda histórias de quem se afastou para estudar e foi
flagrado em viagens no exterior.
“A maior parte dos servidores não faz isso, mas tem algumas
pessoas que abusam”, diz a secretária-adjunta.
Despesas
Por ano, o governo gasta cerca de R$ 2 bilhões em
remunerações de servidores que se...
Leia a íntegra em Governo federal endurece regras de cursos para servidores