Metrópoles - 09/02/2020
A estrutura do funcionalismo se chama injustiça. É desigualdade. É concentração de renda numa escala sem similar no planeta
Bem-vindos ao Brasil, senhoras e senhores – eis aqui o país, um dos poucos do mundo, onde ocorre todos os dias o fenômeno da inversão das razões. Trata-se do seguinte: quanto mais uma pessoa, sobretudo uma pessoa pública, diz a verdade, tanto mais agredida ela será pela parte da população que deveria estar, por lei, a serviço da correção, do respeito aos fatos e da imparcialidade em suas ações.
Acaba de acontecer mais uma vez, agora com o ministro da Economia, Paulo Guedes, de um lado, e as entidades que representam, pelo menos oficialmente, o funcionalismo público. O Brasil, acredite se quiser, tem 12 milhões de funcionários públicos nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal.
Essa gente consome, em salários e benefícios, 90% de todos os impostos que o país arrecada. Os demais 200 milhões de brasileiros ficam com o que sobra. Guedes disse que isso está errado. O mundo caiu em cima dele – ou melhor, o mundo do serviço público caiu em cima dele, como se o ministro tivesse dito uma blasfêmia que exige vingança imediata dos céus. Salvo os dirigentes das entidades de “representação” do funcionalismo, ninguém discorda do...
Leia a íntegra em Há servidores que dão duro. Mas não é desses que Guedes falava