Agência Brasil
- 04/02/2020
"Existe previsão orçamentária para isso", destaca
Adriano Furtado
Brasília - O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
(PRF), Adriano Furtado, informou que o órgão deve convocar novos concursados
este ano. Ele destacou que o governo federal empossou mais de 1,5 mil
servidores na PRF para atuação em 2019.
“No ano de 2019, nós tínhamos uma previsão de ingresso de
500 profissionais. Conseguimos fazer o maior curso de formação, foram 1.565
profissionais. Diferentemente da previsão orçamentária, por um esforço de
governo, nós nomeamos mil policiais e o restante são servidores que estão na
condição sub judice – que estão sendo nomeados conforme as decisões judiciais”,
ressaltou em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, que vai ao ar
nesta terça-feira (4), às 21h.
“Nós temos um concurso ainda válido, uma turma remanescente
e a busca nossa é de iniciar um processo de formação para contratar. Existe até
uma previsão orçamentária para isso”, acrescentou o diretor-geral.
Fiscalização e prevenção
Na entrevista, Furtado afirmou que a ação repressiva, com
aplicação de multas, é importante para mudar o comportamento dos motoristas,
mas não é a única solução adotada pela instituição.
“Acreditamos muito em um processo de sensibilização, de
educação, um processo de atuações preventivas. Eu vejo que tem muito espaço
para nós crescermos, integrando a população – especialmente os motoristas,
sejam eles de [carros de] passeio, sejam veículos profissionais para a gente
construir uma pauta com o outro”, disse o diretor.
Segundo Furtado, a PRF “não tem interesse algum em aplicar
multas". "A multa é uma ferramenta que nós utilizamos. É necessária,
mas não é a única ferramenta. Nós temos várias ações que são realizadas,
especialmente no processo de educação”, destacou.
Para o diretor-geral, a mudança de comportamento dos
motoristas poderia contribuir de forma positiva na ocorrência de acidentes.
“Agora, a ação repressiva é importante para mudar comportamento. O
comportamento é o que está mais fácil de contribuir, mas não é tão simples de
envolver as pessoas, de mudar hábitos simples. Nós temos hoje um problema muito
complexo que é o uso do celular, que tem sido uma causa importante de
ocorrência de acidentes”, disse.
Operação Rodovida
A Polícia Rodoviária Federal iniciou em dezembro a Operação
Integrada Rodovida, maior ação do ano de enfrentamento à violência no trânsito.
A ação abrange as festas de fim de ano e se estende até o carnaval. O objetivo
é integrar órgãos públicos federais, estaduais e municipais com o objetivo de
reduzir os índices de violência no trânsito.
A operação, que vai até 1º de março de 2020, envolve cinco
ministérios (Justiça e Segurança Pública; Infraestrutura; Saúde; Educação; e
Mulher, Família e Direitos Humanos), polícias estaduais, guardas municipais e
outros órgãos ligados à área de de trânsito.
“Nós fizemos em janeiro uma operação nacional e em um dia
mais de 900 pessoas foram flagradas além dos limites. Aliás, nós lembramos que
[após ingestão de] álcool não se tem limite para dirigir. Esse tema contribui
muito para os acidentes. Ele é alvo da Operação Rodovida e todos as agências
trabalham no enfrentamento à embriaguez”, ressaltou.