Metrópoles - 27/03/2020
Categoria está insatisfeita por não ter sido colocada em
teletrabalho integralmente e é contra redução de benefícios e salários
Com três “derrotas” consecutivas acumuladas, o funcionalismo
público está irritado com o governo federal. Os servidores avaliam protestos
digitais e cogitam seriamente greve para evitar reduções salariais em estudo,
que ganharam força com o apelo de sacrifício de todos em meio à pandemia de
coronavírus.
A insatisfação começou com a não dispensa de todo o quadro
para o teletrabalho durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo
coronavírus. A categoria recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que negou
o pedido para manter a “independência entre os Poderes”.
Depois, a situação se agravou com a possibilidade de cortes
nos salários e na jornada, que podem chegar a 50%. O dinheiro economizado com a
folha seria destinado a ações de combate ao vírus e a seus efeitos na economia
do país.
Azedou ainda mais com a decisão do Ministério da Economia de
suspender o pagamento de benefícios a servidores públicos federais que estão em
escala de trabalho remoto. Com a decisão, não serão pagos horas extras,
adicional de insalubridade e de trabalho noturno e auxílio-transporte enquanto
perdurar a quarentena.
Os servidores, que já estavam mobilizados contra a reforma
administrativa — um ato marcado para 18 de março foi desmarcado por conta da
pandemia —, agora enxergam ainda mais motivos para subirem o tom contra o
governo.
Entidades sindicais articulam estratégias jurídicas e
políticas para abrirem fogo contra o governo. Atualmente, o país tem 12 milhões
de empregados públicos, sendo mais de 600 mil no...
Leia a íntegra em Contra cortes salariais, servidores públicos ameaçam greve