Congresso Em Foco - 17/06/2020
A diversidade e a complexidade da realidade brasileira
exigem políticas públicas efetivas, implementadas por servidores com sólida
formação em gestão pública e nos temas em que se especializam. Cabe ao bom
governante selecionar profissionais que aliem capacidade técnica e política
para entregar serviços públicos de qualidade à população.
Na atual gestão, tem chamado atenção a nomeação de militares para cargos nas mais diversas áreas do governo federal. Levantamentos feitos pela imprensa apontam que há entre 2.500 e 3 mil militares ocupando cargos civis de alto, médio e baixo escalão. No Ministério da Saúde, por exemplo, militares sem experiência prévia em políticas de saúde têm substituído servidores de carreira com longa atuação no Sistema Único de Saúde, requisito fundamental para lidar com a pandemia de covid-19.
Nove das 23 pastas ministeriais são comandadas por militares – nem Médici, Geisel, Figueiredo ou Costa Silva tiveram maior proporção. Como comparação, a Venezuela tem hoje, proporcionalmente, menos ministros militares.
Segundo o Datafolha, 52% dos brasileiros são contra a presença de militares no poder. Já o Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação verificou que 58,7% dos brasileiros acham que a presença de militares em cargos de 1º e 2º escalão não ajuda a democracia.
Um debate se coloca: a formação militar é a mais adequada
para a ocupação de cargos voltados à formulação e implementação de políticas
públicas em áreas tão diversas como...
Leia a íntegra em Administração federal e militares em cargos técnicos