Blog do Josias - 06/09/2020
Após um ano de embromação, chegou ao Congresso a reforma
administrativa do governo. Ela é feita de uma combinação de pedaços dos desejos
de Paulo Guedes com as travas impostas por Jair Bolsonaro. A mistura produziu
uma espécie de reforma Frankenstein. Elimina alguns privilégios, restringe a
estabilidade funcional e estimula a produtividade. Mas não mexe com as castas
mais privilegiadas do funcionalismo: juízes e procuradores.
Não toca nos militares, a corporação de estimação de
Bolsonaro. Não atinge os parlamentares. No processo de junção das vontades de
Guedes com as restrições de Bolsonaro, o governo tomou decisões que deixariam
de cabelo em pé até Mary Shelley, autora do romance
estrelado por Frankenstein. O governo expôs os princípios da
reforma numa proposta de emenda constitucional. Mas não divulgou os projetos de
lei necessários para retirar as regas gerais do papel. No geral, o governo
deseja reduzir salários. Mas adia a proposta que expõe os cortes de
remunerações. Deseja manter a estabilidade em...
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