BSPF - 24/12/2020
Em movimento contrário à tendência de redução de espaço
físico durante a pandemia, a Controladoria-Geral da União (CGU) fez um
chamamento público, divulgado na sexta-feira passada no Diário Oficial da União
(DOU), pelo Ministério da Economia, para uma permuta de imóveis no DF, com o
objetivo de “acomodar 1.548 pessoas, entre servidores (ativos e cedidos),
estagiários e terceirizados”
Para especialistas em finanças públicas, a iniciativa é absurda, principalmente pelas dimensões especificadas no DOU: exigência de área útil de 15.780m². E também não estão convencidos da necessidade de expansão, já que a maioria dos funcionários está em home office. ” A CGU deveria, juntamente com a Economia, estar reestruturando, redesenhando a Esplanada. As grandes empresas estão racionalizando os espaços, entregando prédios e salas. O setor público brasileiro é paquidérmico, corporativo, ineficiente e caro. O país com uma dívida de 95% do PIB, e os órgãos públicos pleiteando mais espaços em plena pandemia. Os imóveis ofertados em permuta deveriam ser vendidos”, afirma o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas.
Ele citou exemplos de empresas pública e privadas. Notícias
divulgadas pela mídia informam que a Petrobras, por exemplo, anunciou que pode
liberar prédios e cortar custos com escritórios. Até as ricas do mercado
financeiro seguem o mesmo caminho. A XP Investimentos, igualmente, anunciou que
vai “adotar trabalho remoto permanente”. “A CGU e a administração pública
federal na contramão. O pior é que será um péssimo exemplo. Se a CGU está nessa
linha, o que esperar dos outros órgãos?”, questiona Castello Branco.
Fonte; Blog do Servidor