Correio Braziliense
- 18/09/2021
Bolsonaro sanciona medida provisória que reformula a
estrutura de cargos em comissão e funções de confiança do governo, mas veta
artigo que impunha avaliação técnica ao candidato à vaga. Regra seria aplicada
a postos de assessores, secretários e diretores de órgãos
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, ontem, a medida
provisória que reformula a estrutura de cargos em comissão e funções de
confiança do governo. Ao assiná-la, ele vetou um artigo — incluído pelo
Congresso — que recomendava que a contratação passasse por critérios técnicos.
A regra seria aplicada para os chamados cargos de livre nomeação da
administração pública, como assessores, secretários, diretores de órgãos, mas
não para ministros, por exemplo.
O artigo vetado determinava que um decreto estabeleceria os procedimentos para as nomeações dos cargos, como definir quais autoridades seriam responsáveis por determinadas nomeações nos órgãos federais.
A parte da medida que foi excluída pela Presidência também
determinava a realização de uma pré-seleção para testar “a experiência, o
conhecimento prévio e as competências” do candidato ao cargo no governo. Caso a
autoridade designada para fazer a nomeação optasse por não fazer a pré-seleção,
teria que expor os motivos em “ato fundamentado a ser publicado no perfil da
posição e do currículo do selecionado”.
Umas das principais bandeiras da campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, foi ancorada em críticas ao “loteamento do governo” e na defesa de uma composição técnica da equipe do Poder Executivo. Apesar disso, desde 2020 o presidente tem cedido espaço no governo para o Centrão, que hoje controla a Casa Civil, com Ciro Nogueira (Progressistas-PI); a Secretaria de Governo, com Flávia Arruda (PR-DF); e os ministérios das Comunicações, com Fábio Faria (PSD-RN), e da Cidadania, com João Roma (Republicanos-BA).
Além disso, empresas ligadas ao governo, como a...
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