Agência Câmara de Notícias -
09/02/2012
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta quinta-feira
(9) que não houve crise com o governo por causa do adiamento da votação do
projeto que cria o fundo de previdência complementar do servidor público
(Funpresp – PL 1992/07). A discussão da proposta em Plenário estava prevista
para ontem, mas a sessão foi encerrada sem que o tema entrasse em pauta.
Maia afirmou que o motivo do adiamento foi a falta de acordo
para votação. Segundo ele, não houve consenso nem mesmo entre os partidos da
base aliada ao governo.
"Não há nenhuma crise, nenhum problema com o governo ou
com quem quer que seja. O tema do Funpresp é polêmico? É polêmico, não é um
tema simples, todos sabem que o servidor público exerce uma pressão razoável
sobre o Parlamento, mas acho que é uma matéria importante para o País, precisa
ser votada", disse.
Marco Maia também negou informações divulgadas pela imprensa
de que tivesse adiado a votação por interesse em indicar o nome de um dirigente
para o Banco do Brasil. Maia disse que não faz indicações ao governo. “A tarefa de fazer indicações no Executivo é
da presidenta Dilma Rousseff. O PT é que tem a responsabilidade de, legitimamente,
discutir e debater a composição do governo com a presidenta."
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP),
havia anunciado ontem acordo com os líderes da base aliada para incluir o
Funpresp na pauta do Plenário mesmo com a disposição da oposição em obstruir.
Vaccarezza disse que o adiamento de ontem pode impedir que projeto seja votado
antes do Carnaval, como previa o governo.
O PSDB propôs que o fundo de previdência seja votado somente
depois do feriado, mas a votação será retomada na próxima terça-feira (14),
pela manhã.