Terra - 23/08/2012
A presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva de Oliveira, esteve hoje
(23) no Ministério do Planejamento para protocolar uma contraproposta dos
professores à pasta, apesar de o governo ter encerrado as negociações com a
categoria desde o dia 3 de agosto, quando assinou acordo com o Sindicatos de
Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
O Proifes
representa a minoria dos docentes. As entidades de classe da maioria, o Andes-SN
e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional
e Tecnológica (Sinasefe), rejeitaram a proposta governamental de reajuste de
20% a 45%.
De acordo com Marinalva de Oliveira, na contraproposta, os
docentes abrem mão de aumento e dão preferência à reestruturação da carreira. O
documento pede que, a cada degrau de progressão, os professores tenham ajuste
de 4% - anteriormente, o percentual desejado era 5%. Segundo a presidenta do
Andes-SN, a categoria também decidiu acatar o piso de início de carreira
proposto pelo governo, de R$ 2 mil.
"Antes, pleiteávamos R$ 2,5 mil, salário inicial
considerado ideal pelo Dieese Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos". Marinalva teve que entregar uma cópia da contraproposta
ao setor de protocolo da Secretaria de Relações do Trabalho, já que nenhum
representante do Ministério do Planejamento foi designado para recebê-la.
Segundo a presidenta do Andes-SN, o mesmo ocorreu no Ministério da Educação.
"Não conseguimos ser recebidos pelo ministro Aloízio Mercadante",
disse.
Segundo a assessoria de comunicação do Planejamento, a
negociação com os professores terminou e não será retomada. O secretário de
Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, está reunido com categorias em
greve e passará o dia envolvido com negociações. Ele recebeu a Federação
Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) - cujos representantes não deram
entrevista após o encontro - e agora está reunido com o comando nacional de
greve da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
(Agência Brasil)