sexta-feira, 26 de março de 2010

Alunos da UnB tentam invadir Presidência


Autor(es): Tânia Monteiro
O Estado de S. Paulo - 26/03/2010

Manifestação para cobrar pagamento de adicional de 26,05% a servidores da universidade acabou em troca de empurrões e socos com PMs

Professores, servidores e alunos da Universidade de Brasília (UnB), em greve desde o dia 9, enfrentaram seguranças da Presidência e policiais militares ontem, quando tentaram invadir o Centro Cultural do Banco do Brasil. O CCBB é onde funciona provisoriamente a sede do governo federal.

Na confusão, houve troca de socos e empurra-empurra. A Polícia Militar conteve os manifestantes com cassetetes, machucando levemente duas pessoas.

A paralisação foi deflagrada porque o
Ministério doPlanejamento anunciou que vai suspender um adicional de 26,05% que professores e servidores da UnB tiveram incorporados aos seus salários por decisão judicial. O Ministério do Planejamento cortou o adicional por considerá-lo indevido.

Os manifestantes queriam falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ele e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não estavam no CCBB porque cumpriam agenda em São Paulo.

"Queremos que o
Ministério do Planejamento reabra as negociações e cumpra a decisão judicial que nos é favorável", disse Antonio Guedes, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília, vinculado à CUT.

Representantes dos grevistas foram recebidos por assessores de Lula e da Secretaria-Geral, que asseguraram que trabalharão para abrir um canal de negociação com o Planejamento, mas não garantiram qualquer encontro com o presidente.

Determinações. Em nota, o Planejamento diz que não está impedindo o pagamento pela UnB, mas ressalva que a universidade não está cumprindo as determinações da Justiça, nem encaminhando os dados completos de pagamento a seu pessoal para ser processado pelo órgão. A nota acrescenta que, por determinação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), assim que a Universidade de Brasília ajustar os pagamentos da URP (que motivou a ação judicial), como determina a decisão do Supremo Tribunal Federal, o ministério editará folha suplementar para homologar o pagamento.

Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra