Essa foi a mensagem que o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, João Bernardo Bringel, deixou a cerca de 500 pessoas que lotaram o auditório do Dnit, na manhã de hoje, na abertura do Encontro Nacional de Desenvolvimento de Pessoas, que a Secretaria de Recursos Humanos do MP (SRH/MP) e o Comitê Gestor de Capacitação promovem até sexta-feira, 19.
Os participantes são servidores ligados à gestão da área, em todos os estados da Federação, que estão sendo mobilizados para implementar, nos órgãos públicos em que atuam, a Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal.
Essa política é um conjunto de diretrizes e ações de caráter permanente, instituída em 2006, por meio de um decreto do presidente Lula (nº 5.707/06). Prevê, entre outros mecanismos, a elaboração, por cada um dos órgãos federais, de um plano anual de capacitação destinado a seus servidores. Todo o trabalho é acompanhado pelo Comitê Gestor, que também orienta as ações de capacitação.
O secretário-executivo do MP lembrou que desde muitos anos o Governo Federal procurou dar importância à constituição de “ilhas de excelência”, representadas por servidores mais qualificados, tratados de forma diferenciada, bem remunerados, bem capacitados para desempenhar seu papel – caso dos auditores, advogados, gestores, analistas de orçamento e outras categorias
.“Mas agora tenho a satisfação de ver o serviço público, por meio do Comitê Gestor, resgatar esse olhar da capacitação sobre o conjunto da administração pública e não mais apenas por ilhas de resultados como se via antes”, destacou João Bernardo.
Anfitrião do encontro, o secretário Duvanier citou o caráter estratégico da Política de Desenvolvimento de Pessoas para que o Estado possa prover o cidadão com serviços públicos de qualidade. “Não se pode ter um serviço público de qualidade sem o seu insumo fundamental que são as pessoas”, definiu o secretário de Recursos Humanos.
Também participaram da sessão solene de abertura os responsáveis pelas duas outras áreas do Ministério do Planejamento envolvidas com a política de pessoal no Executivo federal: Helena Kerr, diretora da Enap, a Escola Nacional de Administração Pública, fundação considerada referência na formação e capacitação de
servidores; e o titular da Secretaria de Gestão,
Thiago Falcão, que tem, entre outras competências, a responsabilidade pela análise e renovação da força de trabalho.
A importância da política de capacitação foi sintetizada pelo secretário com números. Para ele, o Estado corre o risco de tornar-se anacrônico se não fizer investimentos nesse sentido, pois, além de exigir um novo perfil profissional de seus servidores, alinhado com a evolução da tecnologia, o governo vai precisar substituir nos próximos anos 40% da atual força de trabalho.
“De 2003 a 2009, tivemos 160 mil vagas autorizadas por concursos, com 107 mil ingressos de servidores novos na Administração Pública”, informou. “Isso significa que 20% dos servidores entraram há menos de sete anos. E 40% dos ativos estão hoje prestes a se aposentar. A sucessão desses servidores, com a necessária troca de experiências com os novos quadros é um dos desafios que teremos de enfrentar”, completou Falcão.