AGU - 08/09/2011
A Advocacia-Geral da União (AGU) conta em seu quadro
funcional com pouco mais de 12 mil servidores divididos nas áreas
administrativas e nas carreiras de Advogado da União, Procurador Federal,
Procurador da Fazenda Nacional e Procurador do Banco Central. Com diversas
unidades espalhadas por todos os estados do país, o desempenho da Instituição é
garantido, portanto, pelo esforço de muita gente. Vários destes servidores
trabalham na Instituição há bastante tempo e ajudam a perpetuar os valores e
princípios da Advocacia-Geral, especialmente para os servidores novos que
chegam.
Um exemplo é advogado da União Edvard de Freitas Machado,
que hoje atua na Consultoria Jurídica do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Ele começou em 1973, no então Departamento
Nacional de Telecomunicações, vinculado ao Ministério das Comunicações. De lá
para cá, ocupou diversos cargos até chegar à AGU em maio de 1994. Para Edvard
Machado, o que o motiva a permanecer na AGU é o coleguismo com os antigos
colegas advogados da área trabalhista, que segundo ele não medem esforços para
fazer um bom trabalho em equipe. "Quando optei em ficar mais tempo na AGU
foi em detrimento da iniciativa conjunta de todos os advogados do Grupo
Trabalhista, que devido ao acúmulo de serviços, fomos contemplados com mais uma
equipe de Advogados novos, recém-formados, que chegavam com bastante teoria,
mas com pouca prática. E estávamos nós lá, advogados antigos, para suprir esta
deficiência orientando-os no que fosse possível", afirmou.
O procurador Federal Armando Duarte Mesquita, que atua na
Procuradoria Federal no Pará, acredita "que só devemos deixar de trabalhar
quando nos faltarem forças e disposição ou, como no caso, quando a lei não mais
permitir a permanência do profissional nesse campo de luta". Mesquita, que
ingressou no serviço público em 1996, afirma que o que o motiva a permanecer
atuando como procurador é por gostar da profissão, do que faz e dos colegas de
trabalho, além dos benefícios que o desenvolvimento das atividades dão à saúde.
Para o procurador, os integrantes da AGU, independentemente da idade, devem
"ter em mente, não só a sua importância de ser Advogado, como a sua
importância institucional em face da transcendência do direito na vida
social".
Raimundo Pereira Bertoldo, que é agente administrativo no
Departamento de Estudos Jurídicos e Contencioso Eleitoral (DEE), trabalha na
Instituição desde 1996 e passou por diversas unidades. "Ainda não
aposentei porque adoro trabalhar", revela Bertoldo, como é conhecido, além
de se orgulhar da outra função que desempenha na sua vida, a de prefeito da
quadra onde mora.
Todos estes servidores têm mais de 65 anos e estão na ativa.
Atualmente a Advocacia-Geral conta com pouco mais de 160 servidores nessa faixa
etária, conforme dados da Secretaria Geral de Administração.
Experiência registrada
O Chefe da Assessoria Parlamentar na AGU, Raul Bernardo,
também integra o grupo. A trajetória dele, inclusive, está registrada em um
livro que foi lançado recentemente durante a comemoração de seus 80 anos. A
publicação revela o passado repleto de experiências e descreve ainda todos os
lugares onde trabalhou desde quando prestou o serviço militar até chegar à AGU
no de 2000. Na Advocacia-Geral exerceu os cargos de Coordenador das Atividades
de Apoio, Coordenador Geral do gabinete do Ministro e hoje como Chefe da
Assessoria Parlamentar.
"Com uma tradição a respeitar e manter, Raul Bernardo
tem dedicado sua vida ao desempenho da nobre profissão que escolheu e que, como
fruto do seu trabalho constante, não mede esforços na realização de seus ideais
quando trata-se de caminhar rumo aos seus sonhos e às pretensões da AGU",
destaca um trecho obra de autoria do jornalista Michel Chelala Siqueira.
A publicação fala um pouco de cada cidade de Minas Gerais
que faz parte da vida de Raul Bernardo. Além disso, o livro relata a infância,
a experiência como Cadete, jornalista e advogado até sua chegada em Brasília. A
carreira política também é lembrada nesta biografia ao destacar, entre outros
pontos, o mandato de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa de Minas
Gerais sendo o mais votado da legenda em 1966, com 30580 votos. Ele foi ainda
Deputado Federal. "Raul Bernardo deixou a Câmara dos Deputados ao final de
sua terceira legislatura, em janeiro de 1987, disposto a não candidatar-se mais
a cargos eletivos", diz um trecho da obra.
Esses quatro exemplos tirados de dentro da Advocacia-Geral
revelam o que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou
em 2010, que é o aumento da expectativa de vida do brasileiro. Além de
permanecer no mercado de trabalho, este perfil de trabalhador reforça o quadro
das instituições, preservando a cultura organização e garantindo a disseminação
de boas práticas de trabalho e valorização do serviço público.