Agência Câmara de Notícias -
07/12/2011
O diretor de relações externas do Sindicato Nacional dos
Funcionários do Banco Central, José Ricardo da Costa Silva, disse há pouco que
este não é um bom momento para criação do fundo de previdência complementar
para os servidores da União. Isso porque, segundo ele, a mudança acarreta perda
de receitas imediatas da União e cerca de 40% dos servidores federais terão
condições de se aposentar nos próximos cinco anos. “Isso pode levar a um
colapso”, alertou.
Costa Silva afirmou que os funcionários do Banco Central não
são, em princípio, contra a criação do fundo. De acordo com a sindicalista, a melhor
solução agora seria o aporte de bens da União, não só de contribuições, para o
fundo. “Até porque esses bens foram alcançados no passado com a contribuição
dos servidores. A transferência é, portanto, justa”, argumentou.
Ele também criticou a previsão de contribuição de 7,5% dos
servidores e da União sobre o valor acima do teto do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS). “Nossos cálculos mostram que isso é pouco. Algumas
simulações chegam a perdas de 70% nos salários. Queremos poupar mais”, disse.
O sindicalista participa, no Plenário da Câmara, de comissão
geral sobre a proposta do governo que estabelece o fundo de previdência
complementar para os servidores da União (PL 1992/07).