Blog do Noblat
- 17/12/2011
Cristiane Jungblut e Fabio Fabrini, O Globo
A posição da presidente Dilma Rousseff, de ser contra a
inclusão, no Orçamento da União de 2012, de aumentos para servidores públicos
dos três Poderes, teve eco entre os aliados.
Mesmo os defensores de reajustes aos servidores do
Judiciário e, em especial, aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
como parlamentares do PMDB, já admitem que isso não deverá ocorrer.
Disposto a não contrariar o Palácio do Planalto nessa questão,
o relator-geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), está
elaborando seu parecer afinado com a posição do Executivo: sem a previsão
desses reajustes.
Para driblar as pressões, o deputado tem sido aconselhado
pelos técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) a não mexer no chamado
Anexo V do Orçamento, que inclui a lista de projetos e as verbas envolvidas em
aumentos, preenchimento de cargos e concursos.
Mas a pressão dos favoráveis aos aumentos continuará até a
votação do Orçamento. PMDB, DEM e PSDB são os maiores defensores.
O Planalto já deu sinais de que prefere não ter o Orçamento
de 2012 aprovado a ver incluídas essas despesas. Chinaglia pretende divulgar
seu parecer na próxima segunda-feira. Para dar uma resposta política aos servidores,
uma das possibilidades é Chinaglia anunciar a criação de uma ampla mesa de
negociação a partir de 2012, ou seja, sem efeitos práticos
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